sábado, 18 de maio de 2013

Bolo de Cenoura Humido


Desde que o meu amor chegou que  não há um dia em que não se faça chazinho, especialmente à noite depois do jantar. Dos vários chás que tinha por aqui, o de Lúcia-Lima é o favorito dele (e por coincidência também é o meu).

E o que é que acompanha bem um chá? Um bolinho claro! Tenho feito alguns (tento fazer bolos que ele nunca provou para conseguir perceber o que gosta) e ontem, porque tinha muitas cenouras no frigorifico, resolvi me aventurar a fazer outro.






O bolo foi aprovado. Tivemos uns amigos a tomar um cházinho cá em casa e o bolo de Cenoura já desapareceu por completo.

Deixo-vos a receita no caso de quererem experimentar. É muito fácil de fazer.

BOLO DE CENOURA HÚMIDO
Ingredientes
4 cenouras(coloquei mais de 4)
1 pau de canela
1,5 dl de óleo (coloquei azeite)
3 ovos
250gr de açúcar
250gr de farinha
1 colher de chá de fermento
Sumo de 1 laranja (nao coloquei porque não tinha cá em casa, mas ficou bom na mesma!)
Preparação
1. Comece por cozer as cenouras com um pão de canela. Assim que estiverem cozidas, escorra a água da cozedura e triture-as de forma a ficarem em puré.
2. Bater os ovos inteiros com o açúcar e adicionar o óleo e a cenoura.
3. Adicionar a farinha com o fermento aos poucos.
4. Misturar tudo muito bem e no final adicionar o sumo da laranja.
5. Levar ao forno, pré aquecido a 180ºC.

Beijinhos

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Norte da India Carril de Ovos


O meu amor indiano sabe cozinhar e cozinha para nós. Aqui em casa tentamos equilibrar a cozinha indiana com a cozinha portuguesa. Vou postar alguns exemplos do que se cozinha cá por casa e daquilo que o meu amor gosta bem ao estilo português (incluindo uns docinhos - que ele também tem um dentinho guloso ;)

Hoje foi a vez dele. Cozinhou Carril de Ovos ao estilo do Norte da Índia e acompanhámos com arroz branco.




Ele tenta com que não fique muito picante pois sabe que eu não gosto.

Uma das vantagens de fazer comida indiana é que fica mais barata que comida portuguesa. Compramos os ingredientes no Martim Moniz em Lisboa (naquele certo comercial mesmo dentro do metro).

E adoro, adoro... o cheirinho a especiarias que fica cá por casa.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Onde casar?

Ando a querer atualizar o blog, mas todos os dias há algo a fazer em relação ao casamento. Isto de casar com um cidadão que não é europeu é quase como um trabalho a tempo inteiro porque a papelada põe qualquer pessoa com os cabelos em pé e do preço das traduções de cada papelinho nem se fala, ao ponto de não conseguirmos ver como é que isto tudo vai terminar. Mas antes de me estar a adiantar no que agora estamos a fazer, vou explicar como chegámos à conclusão que o melhor para nós seria casar primeiro na Dinamarca.

Casar na Índia
Sendo ele um cidadão de nacionalidade Indiana, e visto não conseguirmos casar cá nos próximos meses (devido à lei pós divorcio), o lógico seria casarmos na Índia. E, para casarmos na Índia, segundo a lei indiana, teríamos de ambos residir lá um mês antes do casamento.
 
Colocámos a hipótese, mas acabámos por desistir, o risco posterior de ficarmos fisicamente separados no final do casamento (ou mesmo antes dele acontecer) era muito.

Vimos alguns casos na internet em que os casais iam para casar na Índia e depois o parceiro europeu não conseguia os papeis para casamento na embaixada, o visto de turismo do cidadão europeu expirava e tinha de voltar para a Europa e o que tinha nacionalidade indiana não conseguia voltar porque não conseguia Visto novamente. E, o governo indiano não prolonga, em caso algum, o visto de Turismo.
Depois mesmo que um casal se consiga casar e arranjar papelinhos todos certinhos do casamento (o que pelo que já me apercebi é também uma aventura na India), o parceiro que é europeu se quiser que ele vá consigo para o país de origem tem de provar que o consegue sustentar para lhe poderem aceitar o visto.

O meu amor indiano tem visto Schengen até Outubro (de estudante da Lituânia). Inicialmente pensámos que se não desse para fazer a papelada de casamento na India pelo menos faríamos a parte da cerimónia com os familiares dele, mas depois fomos alertados para uma hipótese que nos poderia estragar os planos. Se fossemos para a India seria porque o visto dele continuaria valido na Europa para ele regressar, mas o problema é que quando ele quisesse voltar as autoridades poderiam fazer questões do estilo: "Porque é que ele está a ir para Portugal e não para a Lituânia?" e poderiam até contactar a escola para verem se ele estaria a estudar realmente ou não e assim tirar-lhe o visto. Pensámos, e depois de termos tido uma amostra de como funciona a embaixada da India em Portugal (uma história para contar num outro post), achámos melhor não arriscar. Não me apetece ir visitar a India e voltar sem ele. :/

Casar noutro País Europeu - A Dinamarca
Pesquisámos, Pesquisámos... e encontramos um post muito interessante de um indiano que se tinha casado com uma cidadã alemã na Dinamarca, depois de terem pesquisado vários países europeus. Podem ver o post AQUI

Gostámos da hipótese da Dinamarca e se pesquisarem online existem muitas agências de casamento. 
A Dinamarca acho que se tornou a Las Vegas da Europa porque facilitam os papeis (mas não facilitam demais).
Estamos a usar a mesma agência que o casal do post usou e que recomendou que se chama Heiraten-leicht-gemacht .
Apesar de ser uma agência alemã fornecem serviço em inglês.


Depois de escolhida a Agência começou a aventura de obter a documentação necessária.

Para mim:
* Copia do cartão de cidadão ou passaporte
* Certificado de Divorcio
* Certidão de Nascimento
* Prova de residência (esta só fiquei a saber hoje... por isso estou a bufar com a agencia!)

Para ele:
* Copia do passaporte (que tem de estar válido)
* Certidão de Nascimento
* Prova de estado civil - certificado de condição matrimonial

E depois de ter todos os documentos é necessário traduzi-los para inglês, num tradutor oficial que depois possa ir ao notário assinar em como a tradução é válida. Estamos a fazer a tradução dos nossos documentos através da Escola de Linguas Easy Talk

Isto demora e demora... mas devagarinho se chega ao longe...

sábado, 11 de maio de 2013

A retrogada lei Portuguesa


Quando decidimos casar, oficialmente eu ainda estava casada com o meu anterior marido (apesar de já estarmos separados há um ano). Mantive-me casada por várias razões, nomeadamente financeiras, e como não tinha interesse em ninguém e nunca na vida esperava voltar a casar tão cedo (ou mesmo voltar a casar) não me importei com a papelada. Portanto o primeiro passo foi obter o divorcio.

O divorcio em Portugal é rápido e não tem complicações burocraticas. Estava toda satisfeita até me deparar com uma lei que não tem pés em cabeça na sociedade moderna em que vivemos: para me voltar a casar tenho de deixar passar 9 meses ou 6 meses (se se apresentar prova do ginecologista).

ARTIGO 1605º
(Prazo internupcial)


1. O impedimento do prazo internupcial obsta ao casamento daquele cujo matrimónio anterior foi dissolvido, declarado nulo ou anulado, enquanto não decorrerem sobre a dissolução, declaração de nulidade ou anulação,cento e oitenta ou trezentos dias, conforme se trate de homem ou mulher.

2. É, porém, lícito à mulher contrair novas núpcias passados cento e oitenta dias se obtiver declaração judicial de que não está grávida ou tiver tido algum filho depois da dissolução, declaração de nulidade ou anulação do casamento anterior; se os cônjuges estavam separados judicialmente de pessoas e bens e o casamento se dissolver por morte do marido, pode ainda a mulher celebrar segundo casamento decorridos cento e oitenta dias sobre a data em que transitou em julgado a sentença de separação, se obtiver declaração judicial de que não está grávida ou tiver tido algum filho depois daquela data.

(Redacção do Dec.-Lei 496/77, de 25-11)

Ora uma lei de 1977... dizem que é porque nos meses a seguir ao divorcio a mulher pode estar gravida do marido anterior ou dizer que tá gravida dele e nao ser do ex. Enfim... nao devem ter ouvido falar em testes de paternidade de certeza.

O problema é que os 6 meses iam coincidir mesmo com
o final do visto dele. Então decidi fazer uma pergunta muito simples no registo civil: Se eu me casar no estrangeiro e depois trouxer a certidão de casamento, o casamento é aprovado por Portugal mesmo não tendo passado os 6 meses?

A resposta foi afirmativa. A senhora do registo ficou a olhar para mim admirada e certamente pensando porque é que eu tenho pressa em me casar quando ainda no dia anterior me tinha divorciado. lol

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Planeando um Casamento com um Indiano

Olá a todos,

Começo este blog com a intenção de que a minha experiencia presente e futura possa ajudar outros casais que vivem em Portugal especialmente quando um dos membros do casal é indiano.

Talvez seja melhor começar por me apresentar. Chamo-me Claudia, o meu amor é indiano e fazemos intenções de nos casar brevemente. E aqui começa a nossa aventura, porque a vida é uma caixinha de surpresas.

Espero que este blog venha a ser muito util.

Beijinhos